segunda-feira, 21 de julho de 2014

Amor de mãe, eu quero sentir♡

Uma carta, para Francisco,  por Cris Guerra:

Hoje desci com você pra aguardar a chegada do escolar. Na volta, me peguei chorando no elevador. Olho pra você e me lembro de tudo o que já passamos juntos. O amor recheado de medo e solidão.

Penso no homem que você está se tornando. “Quer água, filho?” “Quero sim, obrigado”. “Mamãe, não tô com fome. Você come o último pão de queijo?” Como sim, filho. Sua delicadeza me alimenta para qualquer dia difícil.

Sabe, filho, é muito fácil esquecer a dor. E é uma bênção. Mas hoje, não é que a dor tenha voltado: me alumbrei mais uma vez por ser sua mãe. Aquele tremor nas mãos, que floria o nosso caminho de significados. Não quero perder esse medo bonito de ver as coisas. Não quero me esquecer do amor.

Ainda não acredito no milagre de haver você na minha vida. Agradeço como quem acaba de parir. Você nasce todos os dias quando o vejo acordar. E a dor de ser mãe me desperta cada músculo na busca de um dia melhor.

Obrigada, filho.

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