segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Por que os cães vivem menos que as pessoas?

Por que os cães vivem menos que as pessoas?

Aqui está a resposta (por uma criança de 6 anos):

Sendo um veterinário, fui chamado para examinar um cão irlandês de 13 anos de idade chamado Belker.
A família do cão, Ron, sua esposa Lisa e seu pequeno Shane, eram muito ligados a Belker e esperavam por um milagre.

Examinei Belker e descobri que ele estava morrendo de câncer. Eu disse à família que não poderia fazer nada por Belker, e me ofereci para realizar o procedimento de eutanásia em sua casa.

No dia seguinte, eu senti a sensação familiar na minha garganta quando Belker foi cercado pela família. Shane parecia tão calmo, acariciando o cão pela última vez, e eu me perguntava se ele entendia o que estava acontecendo. Em poucos minutos, Belker caiu pacificamente dormindo para nunca mais acordar.

O garotinho parecia aceitar a transição de Belker sem dificuldade. Sentamo-nos por um momento nos perguntando por que do infeliz fato de que a vida dos cães é mais curta do que a dos seres humanos.

Shane, que tinha estado escutando atentamente, disse:'' Eu sei por quê.''

O que ele disse depois me espantou: Eu nunca tinha escutado uma explicação mais reconfortante que esta. Este momento mudou minha maneira de ver a vida.

Ele disse:'' a gente vêm ao mundo para aprender a viver uma boa vida, como amar aos outros o tempo todo e ser boa pessoa, né?''

'' Bem, como os cães já nascem sabendo como fazer tudo isso, eles não tem que ficar por tanto tempo como nós.''

O moral da história é:

Se um cão fosse seu professor, você aprenderia coisas como:

Quando teus entes queridos chegarem em casa, sempre corra para cumprimentá-los.

Nunca deixe passar uma oportunidade de ir passear.

Permita que a experiência do ar fresco e do vento, na sua cara, seja de puro êxtase.

Tire cochilos.

Alongue-se antes de se levantar.

Corra, salte e brinque diariamente.

Melhore a sua atenção e deixe as pessoas te tocar.

Evite morder quando apenas um rosnado seria suficiente.

Em dias quentes, deite-se de costas sobre a grama, com as pernas abertas.

Em um clima muito quente, beba muita água e deite-se na sombra de uma árvore frondosa.

Quando você estiver feliz, dance movendo todo o seu corpo.

Delicie-se com a simples alegria de uma longa caminhada.

Seja fiel.

Nunca pretenda ser algo que no é.

Se o que você quer, está enterrado... cavoque até encontrar.

Quando alguém tenha um mal dia, fique em silêncio, sente-se próximo e suavemente faça-o sentir que está aí... !

domingo, 23 de novembro de 2014

O que é vernix?

Vérnix, o que é isso? E porquê não devo ter pressa pra dar o primeiro banho no meu recém-nascido?
Publicado em 25 de fevereiro de 2014 por Gaby
bebê vérnixPouquíssimas pessoas tem a chance de ver e de tocar no vérnix, substância branca e gordurosa que cobre o corpo do bebê dentro do útero e ao nascimento, já que erroneamente, a prática hospitalar é fazer grande esfregaço no corpo do bebê antes e durante o banho até retirar todos resquícios de qualquer substância natural que o cubra.

O vérnix se forma pelo acúmulo de sercreção das glândulas sebáceas, células epiteliais e lanugem. Quanto mais avançada for a idade gestacional, menos quantidade de vérnix o bebê terá ao nascimento, mas isso não representa nenhuma desvantagem ou problema clínico. Ele tem como função fazer uma barreira na pele e evitar a perda de água, atuando como grande agente de hidratação. A barreira mecânica feita por esse creme ultra-hidratante é importante para as primeiras necessidades da pele do bebê, como por exemplo, a manutenção da sua temperatura e proteção contra infecções bacterianas.

Ele ajuda também na formação do manto ácido, responsável por evitar o o crescimento de bactérias patogênicas. Ao nascimento, o pH da superfície da pele é praticamente neutro (6.5), e se torna mais ácido com o tempo para aumentar a capacidade de defesa da pele.

A Organização Mundial de Saúde em suas diretrizes para os cuidados com o bebê indica que o primeiro banho não deve ser dado antes das primeiras seis horas de vida. Muitos hospitais com práticas humanistas na Europa deixam e orientam que os pais dêem o primeiro banho apenas no dia seguinte ao nascimento e muitos neonatologistas declaram que quanto mais tarde, melhor, assegurando que não há nenhum mal ou risco nisso e que os resíduos de parto não são sujeira, portanto estão longe de provocar qualquer contaminação. Novas pesquisas indicam que o vérnix possui propriedades imunológicas; deixá-lo mais tempo sobre a pele do bebê é o mesmo que deixar por mais tempo uma importante camada de proteção, fazendo com que seu sistema imunológico se fortaleça.

Essa prática de adiar ao máximo o banho faz mais sentido ainda para os nascimentos em hospitais, onde todos estão mais expostos ao risco de infecções. O vernix ainda contém melanina, que protege a pele do bebê contra a radiação ultravioleta da luz solar e suas propriedades ultra-hidratantes manterão a pele do bebê mais macia e elástica.

Há muitas razões para que pais passem a questionar não só o momento do primeiro banho, como a maneira como ele é realizado, e uma delas é por causa do líquido aminiótico, onde o bebê esteve imerso todo o tempo dentro do útero. O líquido aminiótico tem também a função de prover resistência extra à infecções, ou seja, quanto mais tempo o bebê ficar em contato com o líquido aminiótico em seu corpo após o nascimento, melhor.

Ao nascer, o bebê precisa apenas ter seu corpo delicadamente seco, isso pode ser feito com calma, estando ele colado ao corpo da sua mãe, afinal, os bebês querem e precisam ficar o mais próximo às suas mães pelo maior período de tempo no pós-parto imediato, e nas primeiras horas de vida.

Não há razão de promover separação por causa do banho. O calor e o cheiro do corpo da mãe, e contato pele-a-pele, o início da amamentação devem ser prioridades na primeira hora de vida do bebê, e não o banho, muito menos os esfregaços vigorosos dados pela equipe de enfermagem, para que o bebê não traga nenhum resquício de nenhuma substância de sua vida intra-uterina. Separar mãe e bebê nessa hora crucial com o propósito de dar-lhe banho não tem nenhuma base científica.

A transição do meio líquido intra-útero para o meio aéreo ao nascimento deve ser a mais suave possível. O bebê precisa sentir segurança e o único lugar onde isso é plenamente possível é no colo de sua mãe. Recém-nascidos precisam, ao nascimento regular sua temperatura, e tanto a presença do vérnix em seu corpo como o contato pele-a-pele com sua mãe fazem grande diferença nesse processo.

Retirar o bebê de perto de sua mãe o obrigará a efetuar maior esforço para manter sua temperatura ideal, e a pele da mãe é o lugar ideal para que o bebê faça isso. Outro problema relacionado também com essa separação é que ela também altera os níveis de stress e açúcar no sangue do bebê.

Longe da mãe, ele certamente vai chorar, se sentir desprotegido, desconfortável e angustiado, seu corpo irá secretar hormônios em resposta a essa nova situação, seus batimentos cardíacos e pressão sanguínea podem aumentar e os níveis de glicose caírem temporariamente, e se a glicose no bebê estiver sendo monitorada, provavelmente ele receberá soro glicosado e fórmula, o que pode caracterizar já nesse momento uma das primeiras intervenções para aumentar o risco em comprometer o estabelecimento do aleitamento.

Parece trágico e fatalista, mas quando se agregam tantos outros fatores relacionados à hospitalização e suas intervenções não científicas, vê-se que isso é mais corriqueiro do que parece. É o famoso efeito cascata, que ocorre constantemente dentro dos serviços de saúde.

Por isso, além de se ter um plano de parto para si, é importante que as mulheres tenham em mente quais são os procedimentos para com os seus bebês ao nascer, fazerem suas escolhas e lutar pore elas. Se mãe e bebê permanecem juntos por mais tempo, há maiores chances dele manter tanto os níveis de temperatura quanto de açúcar no sangue adequados.

O bebê pode ser banhado sem pressa num outro momento, seja por sua mãe, seu pai ou mesmo por alguém mais próximo da família escolhido por seus pais. Isso significa estreitar mais ainda laços que foram construídos ao longo da gestação, já que o bebê conhece mãe, pai e parentes próximos pela voz, faz todo sentido que esse primeiro cuidado, o banho seja realizado pro algém mais íntimo. É claro que uma enfermeira amorosa pode fazer um super trabalho ao dar o primeiro banho do bebê, mas sem pressa, o bebê não precisa disso.

Por Gaby Patriota, doula e educadora perinatal.

Referências:

Loring, C., Gregory, K., Gargan, B., LeBlanc, V., Lundgren, D., Reilly, J., . . . Zaya, C. (2012). Tub bathing improves thermoregulation of the late preterm infant. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs, 41(2), 171-179. doi: 10.1111/j.1552-6909.2011.01332.x

Medoff Cooper, B., Holditch-Davis, D., Verklan, M. T., Fraser-Askin, D., Lamp, J., Santa-Donato, A., . . . Bingham, D. (2012). Newborn clinical outcomes of the AWHONN late preterm infant research-based practice project. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs, 41(6), 774-785. doi: 10.1111/j.1552-6909.2012.01401.x

Ng, P. C., Wong, H. L., Lyon, D. J., So, K. W., Liu, F., Lam, R. K., . . . Fok, T. F. (2004). Combined use of alcohol hand rub and gloves reduces the incidence of late onset infection in very low birthweight infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed, 89(4), F336-340. doi: 10.1136/adc.2003.031104

Preer, G., Pisegna, J. M., Cook, J. T., Henri, A. M., & Philipp, B. L. (2013). Delaying the Bath and In-Hospital Breastfeeding Rates. Breastfeed Med. doi: 10.1089/bfm.2012.0158

Visscher, M. O., Utturkar, R., Pickens, W. L., LaRuffa, A. A., Robinson, M., Wickett, R. R., . . . Hoath, S. B. (2011). Neonatal skin maturation–vernix caseosa and free amino acids. Pediatr Dermatol, 28(2), 122-132. doi: 10.1111/j.1525-1470.2011.01309.x

sábado, 22 de novembro de 2014

Parto Humanizado

O parto humanizado é quando a mulher tem suas vontades respeitadas. Ela é avisada sobre os procedimentos o porque é feito e ela escolhe se deseja ou não fazê-lo. Ela pode se alimentar e beber líquidos, escolher a posição, andar, sentar, agachar, chorar, gritar, cantar, dançar,  escutar música,  falar ao telefone,  mexer no celular,  pode estar antes, durante e depois com um acompanhante o tempo todo,  ela pode fazer força quando sentir vontade ( força comprida ou força de coco aumentam as lacerações e aumenta o risco de sair hemorróidas) o bebê não é puxado,  ninguém sobe em cima da barriga da mulher,  nem mutila sua vagina (corte, pique, episiotomia), não induzem o parto,  não colocam soro com ocitocina (isto dói muito),  não estouram sua bolsa ( ai isto dói), a mãe pode ficar na banheira quentinha ou chuveiro para ajudar a relaxar e na dilatação,  o seu tempo, momento e vontades são aceitos, ela recebe apoio e aconchego, a mãe pode ter o bebê sentada no banco de parto, de cócoras (uma das melhores posições), você não é obrigada a fica deitada em posição ginecológica,  nem será submetida a exames de toques desnecessarios, quando seu bebê nascer, ele vai direto para o seu colo,  se ele quiser já pode  mamar,  o cordão umbilical nao é cortado imediatamente,  só depois de terminar de transmitir todo o sangue que há nele, que pertence ao seu bebê, o que garante em risco zero de anemia, isso leva uns 10 minutos, seu bebê não é levado para longe de você e nem fica horas no berçário,  o alojamento é conjunto o que favorece o vínculo entre a mãe e o bebê.  O parto humanizado é isso... Respeito pela mãe e pelo bebê.
Tenha seu filho, o parto é seu, as escolhas são suas, empodere- se e não tenha o momento mais feliz da sua vida roubado!
As pessoas não entendem o quanto a sociedade trata com violência a mulher, nos inferioriza, violenta, nós temos o direito de
sermos respeitadas. Está enraizado na nossa cultura que é normal a mulher sofrer,  sentir muita dor, mas a verdade seja dita,  as contrações doem sim e muito (cólicas fortes ), afinal os ossos estão se abrindo para o bb passar,  mas o que realmente dói,  é a violência,  são as intervenções desnecessárias e invasivas, a falta de respeito com as suas vontades,  é o corte, isto é o que realmente dói, e mais do que fisicamente,  dói na alma, pela violência sofrida e por isto a maioria não quer ter parto normal,  mas não sabem que este parto de normal não tem nada. Este é um parto anormal. Por isto quem tem, fica horrorizada,  ou não quer ter mais filhos ou prefere cesárea.

Não deixe o bebê chorar

De todas as teorias do universo materno, as que me assustam são: não dar colo para o bebê, regular a amamentação em horários cronológicos e deixar o bebê chorando. Elas me pegam na alma.

Bebes não sabem falar, nasceram em um ambiente aquático, escuro, cheio de movimento e calor e estão do lado de fora.

Precisam ser alimentados, estranham. Descobrem no peito uma maneira de ter o aconchego pleno.

Basta ver uma cadela: quando o filhote chora a mãe corre e aconchega. Bebês não choram a toa e se choram estão pedindo:

- Por favor me ajude

Ajude a dormir, a enfrentar a solidão, a lidar com a temperatura que oscila.

Quando um bebê pede colo ele está reconhecendo que você é uma segurança.

Quando você nega esse colo ele pode se acostumar com a negligência e resignar-se. Mas ele não está feliz.

Eu adoro o conceito: permita que as crianças sejam dependentes no momento em que podem ser, para que sejam independentes para toda a vida.

O que mais vejo neste mundo são pessoas dependentes e resignadas.

Dependentes de comida, de medicamentos, de sexo, de necessidade de aceitação.

São, algumas vezes, sobreviventes de pequenos ou grandes abandonos.

Algumas vezes vendo esses programas que difundem a idéia da Torturadora de bebês eu sinto algo inexplicável: eu choro com a mãe que chora, com o filho que dorme soluçando.

Não há nada mais fácil e prazeroso para mãe e bebê do que deitar junto com o bebe e dormir agarradinho.

É tão rápido que eles crescem. O que são 3 anos diante de uma vida toda?

Queremos tanto a independência precoce, exaltamos isso como troféu e depois questionamos onde se perdeu esse fio.

Eu vejo idosos abandonados com cuidadores ou em asilos e vejo ali o reflexo de uma sociedade que fecha os olhos para os dependentes trocando o amor por tecnologia, chupeta, mamadeira, berço que balança e no fim, uma cama fria e olhos de uma profissional contratada.

Assim começa a vida, assim ela termina. No meio um grande vazio que tentamos preencher. Um vazio cultivado em nome dessa ilusória independência precoce.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Você sabe o que é Violência obstétrica?

– Tratar a gestante ou parturiente de forma agressiva, não empática, grosseira, zombeteira, ou de qualquer outra forma que a faça se sentir constrangida pelo tratamento recebido;

II – Recriminar a parturiente por qualquer comportamento como gritar, chorar, ter medo, vergonha ou dúvidas, bem como, por característica ou ato físico como, por exemplo, obesidade, pelos, estrias, evacuação e outros;

III – Não ouvir as queixas e dúvidas da mulher internada e em trabalho de parto;

IV – Tratar a mulher de forma inferior, dando-lhe comandos e nomes infantilizados e diminutivos, tratando-a como incapaz;

V – Fazer a gestante ou parturiente acreditar que precisa de uma cesariana quando esta não se faz necessária, utilizando de riscos imaginários ou hipotéticos não comprovados e sem a devida explicação dos riscos que alcançam ela e o bebê;

VI -Realização de procedimentos que incidam sobre o corpo da mulher, que interfiram ou causem dor, ou dano físico com o intuito de acelerar o parto por conveniência médica.

VII- Recusar atendimento de parto, haja vista este ser uma emergência médica;

VIII- Promover a transferência da internação da gestante ou parturiente sem a análise e a confirmação prévia de haver vaga e garantia de atendimento, bem como tempo suficiente para que esta chegue ao local;

IX – Impedir que a mulher seja acompanhada por alguém de sua preferência durante todo o trabalho de parto;

X- Impedir a mulher de se comunicar, tirando-lhe a liberdade de telefonar, fazer uso de aparelho celular, caminhar até a sala de espera, conversar com familiares e com seu acompanhante;

XI- Submeter a mulher a procedimentos dolorosos, desnecessários ou humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos, posição ginecológica com portas abertas, exame de toque por mais de um profissional;

XII – Deixar de aplicar anestesia na parturiente quando esta assim o requerer;

XIII – Proceder a episiotomia quando esta não é realmente imprescindível;

XIV – Manter algemadas as detentas em trabalho de parto;

XV – Fazer qualquer procedimento sem, previamente, pedir permissão ou explicar, com palavras simples, a necessidade do que está sendo oferecido ou recomendado;

XVI- Após o trabalho de parto, demorar injustificadamente para acomodar a mulher no quarto;

XVII- Submeter a mulher e/ou o bebê a procedimentos feitos exclusivamente para treinar estudantes;

XVIII – Submeter o bebê saudável a aspiração de rotina, injeções ou procedimentos na primeira hora de vida, sem que antes tenha sido colocado em contato pele a pele com a mãe e de ter tido a chance de mamar;

XIX – Retirar da mulher, depois do parto, o direito de ter o bebê ao seu lado no Alojamento Conjunto e de amamentar em livre demanda, salvo se um deles, ou ambos necessitarem de cuidados especiais;

XX – Não informar a mulher, com mais de 25 (vinte e cinco) anos ou com mais de 02 (dois) filhos sobre seu direito à realização de ligadura nas trompas gratuitamente nos hospitais públicos e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS);

XXI – Tratar o pai do bebê como visita e obstar seu livre acesso para acompanhar a parturiente e o bebê a qualquer hora do dia.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O valor de uma dona de casa

Um homem chegou em casa, após o trabalho, e encontrou seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo pijamas.
Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa.
A porta do carro da sua esposa estava aberta.
A porta da frente da casa também.
O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.
Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça.
A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede.
Na sala de estar, a televisão ligada aos berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas.
Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão.
Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.
Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos espalhados e de peças de roupa suja.
‘Será que a minha mulher passou mal?’ ele pensou.
‘Será que alguma coisa grave aconteceu?’
Daí ele viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro.
Lá ele encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia.
A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordando água e espuma.
Finalmente, ao entrar no quarto de casal, ele encontrou sua mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista.
Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: Que diabos aconteceu aqui em casa?
Por que toda essa bagunça?
Ela sorriu e disse:
- Todo dia, quando você chega do trabalho, me pergunta:
- Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?’
- Bem… Hoje eu não fiz nada, FOFO !!!!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Publicidade infantil

O único alimento infantil produzido pela natureza se chama leite materno. Depois do desmame, os pequenos passam a se alimentar com comida comum a todos os humanos. O que muda é o preparo. Legumes amassadinhos, papinhas de fruta, carne desfiada, mingau de cereal.

Em todos os tempos, em todas as culturas, sempre foi assim. Isto é, até chegar na nossa vez.

Os pais e mães de hoje convivem com uma realidade inédita na história humana. A “comida infantil” inventada pelo marketing da indústria alimentícia. Entra em cena um extenso cardápio de “alimentos” anunciados como práticos para a mamãe e mais aceitos pelos pequenos: sopa pronta, nuggets, bisnaguinhas, bolinhos, biscoitos, petit suisse, macarrão instantâneo, leite fermentado, lanches de microondas, sucos e néctares (em pó, concentrado e de caixinha), refrigerantes, preparados à base de leite, cereais matinais, achocolatados, salgadinhos, combos de fast food, embutidos etc. Isso sem falar nas balas, pirulitos e outras guloseimas.

Observe que nenhum desses produtos é invenção da natureza. Todos são criação da indústria alimentícia que calculou, sabidamente, que uma família consumiria mais se tivesse que comprar alimentos diferentes para os adultos e para as crianças. Isso se chama criar nichos de venda, segmentar o mercado consumidor.

A criatividade da publicidade torna tudo ainda mais confuso. Começamos a realmente acreditar que criança tem mesmo que comer comidas mais fofinhas, doces, coloridas, acompanhadas de brinquedos e personagens. E confiamos que essas comidas são seguras para darmos aos nosso filhos.

O problema é que esses alimentos costumam ser pobres nutricionalmente. Enchem barriga, mas não nutrem como deveriam um corpo em desenvolvimento. Pior ainda, atrapalham por serem ricos em aditivos, conservantes, sódio, açúcar, gordura e farinha refinada.

Resumindo, os alimentos que o marketing transformou em comida para criança podem fazer mal aos pequenos. Além de criarem péssimos hábitos alimentares que dificilmente serão abandonados na vida adulta. E hábitos ruins fazem um bem danado para o mercado de comida pronta.

Estudos hoje apontam que esse problema se torna ainda maior nas classes mais pobres. Com o aumento da renda, os pais estão sendo seduzidos pelo doce canto da indústria. E festejam poder colocar na mesa produtos que antes eram exclusividade das classes média e alta. O problema aqui é que não sobra dinheiro para os alimentos que complementam essa dieta pobre. Frutas, legumes, peixes, raízes, grãos e cereais integrais não entram no cardápio. Pesquisadores alertam para uma geração de brasileirinhos obesos e mal nutridos.

Não podemos condená-los. Neste nosso Brasil das diferenças, a publicidade conseguiu transformar comida industrializada em símbolo de status. Comprá-los é poder dar aos filhos tudo “de bom e do melhor”. É não deixar a garotada “passar vontade”. É realizar o sonho de uma vida “prática” e “moderna”.

Comida pronta faz de mim e dos meus filhos alguém de valor. Com diabetes, pressão alta, colesterol, intestino preso e acima do peso. Mas, enquanto estiver dando para comprar o biscoito recheado deles, está tudo bem.

Tais Vinha
Artigo publicado no MILC.

sábado, 1 de novembro de 2014

9 coisas estúpidas para (não) dizer à mãe que amamenta

(e, pra não perder o costume, as opções de resposta ao gosto do freguês!)

1. Você não prefere ir amamentar em um local mais reservado??

resposta polida-cara-de-alface: não, obrigada. mas eu queria um copo de água, amamentar dá uma sede… você pegaria pra mim?
resposta baseada em evidências: olha, livre demanda significa que, na hora que meu bebê chorar, eu vou amamentá-lo. isso, às vezes, significa dar o peito de dez em dez minutos, ou seja (do the math!), umas seis vezes em uma hora. imagina só se eu tiver que sair do lugar de onde estou para procurar um “lugar reservado” toda vez que isso acontecer? melhor nem sair de casa, não acha??
resposta voadora-no-peito: se eu preferisse, já estava lá. e você, não prefere não se meter na vida dos outros?

2. Você não quer se cobrir um pouquinho?

resposta polida-cara-de-alface: não, obrigada. nossa, me deu um calor de repente… acho que vou procurar alguém pra me abanar enquanto eu amamento, me dá uma licencinha?
resposta baseada em evidências: olha, colocar um pano sobre o bebê não é algo muito confortável. você já se imaginou comendo com um pano em cima de você, sem conseguir respirar direito e sem poder ver o que se passa ao seu redor? estranho, não? além do mais, o contato olho no olho entre mãe e bebê durante o aleitamento é super bacana e especial, fortalece o vínculo e até auxilia na produção de leite.
resposta voadora-no-peito: não tô a fim não, mas se você estiver muito envergonhado, te arrumo um tapa-olho rapidinho. quer?

3. Mas ele chora tanto… será que não está passando fome??

resposta polida-cara-de-alface: não, acho que não… mas eu estou faminta, amamentar dá uma fome de leão… você não quer ir buscar alguma coisa pra eu comer?
resposta baseada em evidências: olha, os bebês choram por uma infinidade de motivos. choram porque estão cansados, entediados, com sono, porque sentem saudades da barriga, porque se assustam com alguma coisa, porque ficam angustiados sem saber direito porque… o importante é a gente acolher e estar conectado com o bebê, para compreender do que ele precisa e oferecer consolo, com o peito sempre que ele aceitar, ou com colo e muito carinho.
resposta voadora-no-peito: pois é, eu já tentei oferecer um hambúrguer com milk shake pra encher a barriga, mas sabe que o moleque cuspiu?? essa nova geração é muito rebelde… não tem jeito, tenho que me conformar!

4. Ele está meio magrinho… será que o seu leite não é fraco, não?

resposta polida-cara-de-alface: não sei, vou perguntar pro pediatra na próxima consulta. mas por falar em fraqueza, olha só as minhas unhas, estão tão quebradiças… você conhece alguma fórmula mágica de fortalecimento das unhas?
resposta baseada em evidências: olha, leite fraco é um mito. não existe leite fraco. o leite materno é um alimento perfeito, na medida das necessidades nutricionais do bebê, e quando se respeita a livre demanda, ele consome exatamente o que precisa: o leite magro para matar a sede, e o leite mais gordo para matar a fome e engordar.
resposta voadora-no-peito: deve ser, mas é que tô querendo treinar o meu bebê para ser faquir quando crescer, o que que cê acha, tem futuro, né?

5. Será que não é melhor dar um chazinho/água/whatever para ele?

resposta polida-cara-de-alface: ele só toma o meu leite mesmo, obrigada. mas se quiser arrumar um chazinho pra mim, vou adorar, sou apaixonada por chás!
resposta baseada em evidências: bem, até os seis meses, o bebê não precisa de absolutamente nada além do leite materno. o leite da mãe supre todas as necessidades nutricionais e afetivas do bebê, mata a fome e a sede também. e com a livre demanda, o bebê mama exatamente o tanto de que precisa para se desenvolver forte e saudável.
resposta voadora-no-peito: olha, se tiver chá de quebra-chato-que-diz-bobagem pode fazer um litro, e já toma tudo de uma vez, pra ver se resolve teu caso, quem sabe… a esperança é a última que morre, né?

6. Mas já vai mamar de novo? Esse bebê está ficando mimado, hein??

resposta polida-cara-de-alface: é, vou pensar nisso… mas menina, você viu a capa da Veja dessa semana, que coisa horrorosa?
resposta baseada em evidências: olha, bebês não são mimados, nem fazem manha. bebês têm necessidades muito pontuais e verdadeiras, e pedem que elas sejam atendidas. se ele está pedindo para mamar de novo, é porque está precisando deste contato – seja por fome, por vontade de aconchego, ou pelo que for. dar peito, colo e afeto em livre demanda não tem nada a ver com “mimar”, tem a ver com cuidar com acolhimento, apego e respeito às necessidades e sentimentos do bebê.
resposta voadora-no-peito: mas menina, que obsessão essa sua de controlar os tempos, parece cronômetro! vou te chamar lá em casa da próxima vez que for assar um bolo, funciona melhor do que timer!

7. Ele não está fazendo o seu peito de chupeta, não?

resposta polida-cara-de-alface: estamos bem assim, obrigada. mas menina, e o problema da falta de água em são paulo, que coisa hein?
resposta baseada em evidências: bem, essa equação está invertida. na verdade, o “artefato original” cuja função primordial é ir parar na boca do bebê para confortá-lo, é o seio materno. a chupeta é que veio tentar substituí-lo (mal e porcamente, se quer saber minha opinião). então, bebês que chupam chupeta é que fazem a chupeta de peito, e não o contrário.
resposta voadora-no-peito: fia, o peito é meu, o filho é meu… o que é que você tem a ver com isso mesmo?

8. Mas com essa idade, e ainda mama??

resposta polida-cara-de-alface: pois é, mama. menina, o tempo virou essa semana, não? tão dizendo que pode até nevar no sul, já pensou?
resposta baseada em evidências: mama, e ainda vai mamar por um bom tempo. você sabia que a OMS recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, e complementar até os 2 anos ou mais? e que mesmo depois do fim do aleitamento exclusivo, o leite materno continua sendo uma fonte nutricional importantíssima para o bebê?
resposta voadora-no-peito: e você, com essa idade, ainda dá pitaco na vida alheia?

9. E o desmame, quando vai ser?

resposta polida-cara-de-alface: não sei, vamos ver… mas e o novo filme da Angelina Jolie, você viu?
resposta baseada em evidências: você já ouviu falar sobre desmame natural? ele acontece quando a criança demonstra que já está preparada para cortar esse laço e dar outros passos em seu desenvolvimento. esse momento não tem data certa para acontecer, porque cada criança é única e tem seu tempo para deixar de mamar. a mãe só precisa estar conectada, para perceber quando a hora chegar, e o desmame vai acontecer com suavidade e sem sofrimento.
resposta voadora-no-peito: olha, tô imaginando que ele vai querer largar lá pela adolescência, acho que vai ficar meio envergonhado de mamar na frente da turma, né? por que, tá esperando o peito vagar?

ps: de novo, todas as bobagens acima foram ouvidas por mim, nos meus praticamente oito anos de amamentação ininterrupta…

ps2: post em homenagem à Semana Mundial do Aleitamento Materno :-)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A fisiologia do parto

O parto é um processo involuntário conduzido por partes “arcaicas” do cérebro portanto, quando uma mulher está em trabalho de parto, a parte mais ativa de seu corpo é o cérebro - primitivo, o sistema límbico: hipotálamo e a hipófise, que nós compartilhamos com todos os mamíferos. O neocórtex (parte racional de nosso cérebro) é quem é capaz de nos inibir durante este processo.

Para parir a mulher libera um coquetel de hormônios; ocitocina responsável pela contração uterina e ejeção de leite - HORMÔNIO DO AMOR; endorfinas responsáveis pela diminuição da sensação dolorosa; prolactina; responsável pela produção de leite; ACTH (hormônio adreno - corticotrófico) em reposta aos hormônios que o feto libera, mostrando que está pronto e desencadeando as ações hormonais do corpo materno; prostaglandinas que preparam o colo uterino e o útero para responder a ocitocina com a dilatação.

Qualquer situação que estimule a produção de hormônios da família da adrenalina, estimula a atividade do neocórtex e pode inibir o processo do parto. O que pode desencadear a produção de adrenalina?? Frio, mau humor, medo, auto piedade, conflitos situacionais, dúvidas e inseguranças, distrações, falta de privacidade, vergonha, excesso de toques, expectativas, internação precoce, preocupações, conversas excessivas (incluindo perguntas), ambiente muito iluminado, barulhento.

Podem existir dois ciclos rondando este processo de trabalho de parto e parto:

NEGATIVO – Medo – Dor – Tensão
POSITIVO – Aceitar – Aproveitar –Relaxar

Portanto a mulher em trabalho de parto necessita do respeito a fisiologia de seu corpo, precisa ser permitida e permitir seu corpo agir. Para isso é necessário: sentir-se protegida, segura e apoiada, confortável, relaxada, estar em um ambiente aconchegante, quente, agradável com penumbra e silêncio, ter privacidade, não sentir-se observada e ter liberdade.

A dilatação e o nascimento acontecem em diversas fases e forma progressiva, é comum mulheres terem contrações que podem se manter durante horas e depois passar, podem ser incômodas ou tão fracas que você pode continuar fazendo as atividades do dia a dia, chamamos isso de “falso trabalho de parto” ou “pródomos de trabalho de parto” O importante neste momento é descansar, se alimentar, segurar a ansiedade, aproveitar os últimos momentos de barrigão e... NÃO ficar triste pois estas contrações são importantes e úteis para: a centralização do colo, o amolecimento do mesmo, a insinuação e descida do bebê na pelve materna , etc.

Podem ocorrer também: perda do tampão mucoso – secreção espessa, consistente com ou sem raias de sangue – pode acontecer no início do TP ou durante o TP. As vezes depois da perda do tampão o trabalho de parto pode demorar alguns dias para ser efetivo; rompimento da bolsa – uma grande ou pequena quantidade líquido escorre pelas pernas, um rompimento cedo da bolsa (fora de trabalho de parto) ocorre em 6 – 19% dos partos a termo ( idade gestacional maior que 37 semanas) e então 70% dessas mulheres darão a luz em até 24h e outras 30% em 48h, importante comunicar o médico e/ou sua parteira; uma dor contínua e maçante na região lombar, que pode ser causada pelas contrações uterinas ou uma diarréia, pois existe uma tendência natural de esvaziar o intestino no período que antecede o início do trabalho de parto.

O trabalho de parto se divide “didaticamente” em duas fases:

FASE LATENTE: dilatação entre 2 a 3 cm; o colo do útero mais afina do que dilata, com duração média de 8 horas em mães de primeira viagem e 5 horas em mães com mais de um parto. As contrações acontecem a cada 20 ou 30 min com duração de 20 a 30 segundos.
O que fazer neste momento?? Conversar com sua doula, obstetra ou parteira, alimentar-se, descansar, passear, enfim...aproveitar e economizar energia para a próxima etapa.

FASE ATIVA: dilatação maior ou igual a 4cm, aumentando progressivamente; o colo do útero mais dilata do que afina; com duração média 6 a 12 horas, as contrações aumentam  progressivamente até que na fase final de dilatação chegam a ter intervalos de um minuto e meio e podem durar cerca de 60 a 90 segundos.
O que fazer na fase ativa do trabalho de parto?? Ter a companhia de sua doula, familiares de seu desejo, estar em um ambiente calmo, familiar, aquecido, aconchegante, tomar uma ducha gostosa, ficar na banheira, dançar, ouvir música, se alimentar, fazer exercícios na bola, caminhar, receber massagens, gritar, enfim... o que você tiver vontade: permita o seu corpo!!!

O parto é dividido “didaticamente“ em 4 períodos:
Dilatação que é trabalho de parto, o expulsivo que inicia-se com 10 cm e presença de vontade de empurrar (puxos) e se entende até saída do bebê; a dequitação que inicia-se após o nascimento do bebê até o término do desprendimento da placenta e o período de Greenberg que é um período de recuperação e contração do útero, para que não aconteça hemorragia, se estende a 1 hora após o término do parto (saída da placenta), momento em que se procede os cuidados como medicações e sutura se necessário. Portanto como podemos ver o parto só termina quando a placenta sai.

A adrenalina que nós queríamos lá no início do trabalho de parto, agora é muito bem vinda pois, têm um papel de interação entre mãe e bebê após o parto e durante as últimas contrações antes do nascimento, seu nível de adrenalina se eleva bruscamente, é por isso que assim que se iniciam os PUXOS as mulheres ficam ALERTAS, tendem a optar pela posição vertical, cheias de energia e com uma súbita necessidade de se agarrar a alguém ou algo. Para o bebê o afluxo de noradrenalina possibilita que se adapte a privação de oxigênio, e que esteja alerta ao seio da Mãe. O bebê ativo abre os olhos e busca o contato com a Mãe, o que libera mais ocitocina, fundamental para os momentos seguintes do processo como dequitação da placenta e amamentação.

O coquetel de hormônios necessário para o nascimento está em nosso corpo e quando protegemos a fisiologia permitindo o corpo atual, percebemos o quão é importante para o nascimento, desenvolvimento do bebê e vínculos afetivos. Atualmente a rotina hospitalar atual é caracteriza por um violência ( frio, luz forte, manuseio grosseiro, isolamento). O bebê é induzido desnecessariamente a um estado estresse, que provoca a liberação de cortisol que pode prejudicar o desenvolvimento cerebral. Em contra partida no processo de nascimento fisiológico a Mãe secreta endorfinas e hoje sabemos que o bebê também, portanto logoapós o parto o cérebro dos dois estão impregnados de opiáceos e dopaminas que induzem dependência e vínculo.

Optar e se preparar para um trabalho de parto e parto ATIVOS e de forma NATURAL é ser respeitada, permitir-se fazer o que tiver vontade; ser instintiva; mudar de posições, entregar-se, assumir posições verticais que ajudam a aumentar a dimensão da pelve, a gravidade ajuda a descida do bebê, rotação interna do bebê e circulação sanguínea útero-placentária. E acima de tudo ter autonomia sobre o seu corpo e ter co-reponsabilidade no processo do nascimento de sua família.

Optar por intervenções é assumir riscos, começando pelo risco de precisar de mais de uma intervenção, o uso de hormônios sintéticos (ocitocina), medicações (anestésicos ou analgésicos) e condições de atendimento e ambiente não adequadas podem interferir e/ou interromper a rede fisiológica hormonal e a sequencia do trabalho de parto e parto. Os hormônios sintéticos causam efeitos físicos em determinadas partes do corpo, mas não comportamentais como os produzidos pelo próprio cérebro. A ocitocina materna atravessa a placenta e entra no cérebro do bebê durante o trabalho de parto, agindo para proteger as células cerebrais fetais “desligando-as” e diminuindo o consumo de oxigênio, em um momento em que os níveis de oxigênio disponíveis para o feto são NATURALMENTE baixos. A ocitocina sintética, porém, não têm a capacidade de ultrapassar a parede placentária portanto, não atingirá o organismo do bebê.

Acredite no seu corpo, dedique-se a você, leia, participe de grupo e busque os melhores profissionais e alternativas para o seu parto. VOCÊ PODE!!!

Bibliografia:

- Parto Ativo - Janet Balaskas. Ed. Ground

- WorkShop: “ Parto como escapar das armadilhas” – Michel Odent.Julho de 2011, São Paulo. Anotações pessoais: Adriana de Lima Mello

- A cientificação do Amor – Michel Odent

- Parto, aborto e puerpério – Ministério da Saúde.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ser mãe

Ele é o nó no meu cabelo,
O esmalte descascado na minha unha,
As olheiras no meu rosto.
Ele é o carrinho na minha gaveta de roupas,
O amassado nas páginas do meu livro,
O rasgado no meu caderno de anotações.
Ele é o melado no controle remoto,
O canal da televisão,
O filme no dvd.
Ele é o farelo no sofá,
As tesouras no alto,
A baba no celular.
Ele é o backup no computador,
O mouse escondido,
As cadeiras longe da janela.
Ele é a marca de mão nos móveis,
O embaçado nos vidros
O desfiado nos tecidos.
Ele é o ventilador desligado,
A porta do banheiro fechada
A gaveta da cômoda aberta.
Ele é o cóque na minha cabeça,
As frutas fora da fruteira,
Os panos de prato amarrando os armários.
Ele é o meu shampoo cheio de água,
A espuma no chão do banheiro,
O brinquedo dentro da privada.
Ele é o interruptor, as tomadas
Os imãs da geladeira, os riscos nos cds.
Ele é o avião que voa por cima da casa,
O trem que apita de longe,
Todo cachorro que late, todo carro que passa.
Ele é o peixe do aquário,
A árvore de Natal,
Os “pisca-pisca” de todas as casas.
Ele é o círculo, o susto, as goiabas...
A primeira visão da lua no começo da noite...
O valor do trabalho, a vontade de aprender,
A minha força
A minha fraqueza.
Ele é o aperto no meu peito diante de uma escada,
A ausência do meu sono diante de uma febre,
Os meus olhos fechados diante de uma vacina.
Ele é o meu impulso, o meu reflexo, a minha velocidade.
Ele é as formigas na minha cama,
O cheirinho no meu travesseiro
Os cantinhos,
O barulho,
A metade,
O azul.
Ele é o vazio triste no silêncio de dormir
O meu sono leve durante a noite
A checada nas cobertas de madrugada.
Ele é o meu ouvido aguçado enquanto durmo
A minha pressa de levantar da cama,
A minha espera do bom dia.
Ele é o arrepio quando me chama,
A paz quando me abraça,
A emoção quando me olha.
Ele é o meu cuidado, a minha fé,
O meu interesse pela vida
A minha admiração pelas crianças,
O meu respeito pelas pessoas
O meu amor por Deus.
É o meu ontem,
O meu hoje
O meu amanhã
Ele é o motivo,
A inspiração
A poesia.
A lição, o dever
O remédio, a terapia.
Ele é a presença, a surpresa
A saudade...
A esperança

A minha dedicação.
A minha oração.
A minha gratidão.

Autora: Nádia Maria, para o filho Zion. Publicado originalmente em:
http://www.nadiamaria.com/zion

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Investigando as Causas do meu aborto

Eu sou assim, sempre que me deparo com um problema na vida e vislumbro a chance dele não vir a acontecer mais, luto até o fim para que assim seja. Não considero perda de tempo... Seria sim, se eu cruzasse os braços e mergulhasse de cabeça numa nova chance de fracasso. E não seria interessante se desse para evitar um sofrimento futuro desnecessário? Penso, porque não, e se for possível evitar?
Por que não aumentar suas chances de sucesso? O mínimo que vc pode conseguir é uma consciência tranquila, pois vc fez tudo ao seu alcance para que não houvesse novo fracasso. Seu emocional agradecerá. Seu físico também. Acredito muito em Deus, e acredito: que não adianta eu só pedir à ele mas sem ter atitudes... Fé eu tenho e muita, mas custa dar uma forcinha à Deus? Não seria incoerente aos olhos de Deus eu só pedir,  chorar e sofrer, ignorando a verdade de que, há algumas atitudes que só a mim cabe tomar? Deus é amor... E também inteligência.

Bebê quando acorda de Noite

Querida mamãe,

Esta noite acordei estranhando o silêncio. Não havia barulho algum e pensei que o mundo tinha até acabado e você esquecido de mim. Coloquei a boca no trombone e você apareceu. Ainda bem. Fiquei tão feliz no calor do seu peito que acabei pegando no sono antes de mamar tudo o que precisava. Quando percebi que você ia me colocar no berço, chorei de novo. Mas não tente negar, você estava com pressa para ir dormir outra vez.

Você me deu de mamar novamente, assim, meio apressadinha e depois resolveu trocar a minha fralda. Estava tudo calmo, um silêncio, nós dois juntinhos, tão legal que eu perdi o sono. Você até que foi compreensiva, mas começou a bocejar um pouco e resolveu me fazer dormir. Eu não queria dormir. Talvez precisasse de mais dez minutos ou meia hora, mas você estava mesmo decidida a dormir. Foi ficando bem nervosa e até chamou o papai. Eu não queria o papai e todos fomos ficando muito irritados.

No final das contas, acordei a casa inteira cinco vezes. Pela manhã, nossa família estava com cara de quem saiu do baile. Acho que estraguei tudo. Imagina, você que chegou a dizer para o papai que eu estou com problema de sono. Eu não! Você é que vem me dar de mamar com pressa e daí eu sinto que você não quer ficar mais comigo.

Os adultos têm hora certa para tudo, mas eu ainda não entendi essas coisas de relógio e tarefas estafantes que vocês precisam fazer. Quando meu corpo está com o seu, quero ficar do seu lado sem me separar nunquinha. Do alto dos meus 3 meses, ainda não descobri direito que você é uma pessoa e eu sou outra. Um dia eu vou sair por aí, vou telefonar e posso deixá-la doida para saber o que anda fazendo e, então, você vai entender como me sinto agora. Mas não precisamos dessa guerra, mamãe.

Até lá, já podemos nos entender, inclusive através das palavras. Sinto a angústia da separação, pois acabei de passar por essa experiência. Você também, mas vive tudo isso como uma adulta consciente. Eu ainda estou vivendo no inconsciente. Eu não sei andam tudo é tão novo pra mim aqui fora. Mas eu tenho absoluta certeza de que vou aprender tudinho o que você me ensinar através dos seus sentimentos em relação a mim.

Mamãe, você quer um conselho de bebê? Quando eu chorar à noite, não salte logo para o meu quarto desesperada, como se o mundo fosse acabar.

Espere um pouco, respire profundamente, ouça o meu choro até que ele atinja o seu coração. Sinta seu tempo, realmente acorde e venha me pegar. Me abrace devagar, não acenda a luz, fale bem baixinho e me dê o seu peito para eu mamar. Depois que eu arrotar, mais um pouco só de paciência, pois, nós bebês, somos sensíveis aos sentimentos dos adultos. Se eu sentir que você está com pressa, sou capaz de armar o maior barraco, mas se você esperar até o meu segundo suspiro, quando meus olhos ficam bem fechados, minhas mãos e pernas bem molenguinhas, aí sim você pode me colocar no berço que eu não acordo antes de sentir fome outra vez. À medida que você desenvolver sua paciência, mamãe, eu estarei desenvolvendo minha tranquilidade e nós não teremos mais noites desagradáveis. Apenas noites de mamãe e bebê, que um dia passam, como tudo na vida.

Sempre seu, gu-gu dá-dá!

(Texto distribuído no Curso de Gestantes da Maternidade Nossa Senhora de Fátima, Curitiba, PR)

Texto de Claudia Rodrigues autora do livro "Mamães mais que Perfeitas"

Aborto de Repetição

CAUSAS
DO ABORTO
DE REPETIÇÃO

Causas genéticas
A anormalidade mais freqüente é a translocação balanceada observada no cariótipo de um dos parceiros. Outras anormalidades cromossômicas que podem ser encontradas são: mosaicismo sexual, inversão cromossômica e cromossomos em anel. Essas aberrações cromossômicas irão gerar embriões com cromossomopatias, evoluindo para aborto.

Causas endócrinas
Dentre elas a mais relatada é a Insuficiência de Corpo Lúteo, caracterizada por uma produção diminuída de progesterona na segunda fase do ciclo, período de implantação, onde tal hormônio tem participação fundamental. A suplementação de progesterona na segunda fase do ciclo é bastante discutida. Diabetes mellitus se mostra envolvido na etiologia do aborto de repetição desde que esteja descontrolado. Patologias da tireóide (hiper e hipotireoidismo) quando bem controladas não se relacionam com aborto de repetição, porém é sabido que anticorpos antitireoidianos estão intimamente relacionados com o problema, embora o mecanismo não seja conhecido.

Causas anatômicas
As mais descritas são: malformações uterinas (mullerianas ou exposição DES), pólipos uterinos, sinéquias, miomatose uterina, incompetência istmo cervical. Algumas alterações anatômicas são mais relacionadas com perdas gestacionais tardias (durante o segundo trimestre) ou trabalho de parto prematuro, como por exemplo: incompetência istmo-cervical, miomatose uterina.

Causas infecciosas
Atualmente é bastante questionável a relação entre infecções genitais por clamídia, micoplasma e ureaplasma e a elevada incidência de aborto de repetição.

Causas hematológicas
Nos últimos anos, tem-se descrito uma relação entre distúrbios da coagulação, tendência a tromboembolismos (trombofilias), com maus resultados gestacionais, entre eles abortos de repetição e infertilidade. Entre as trombofilias descritas como tendo relação com abortos de repetição podemos destacar trombofilias hereditárias e adquiridas.

Causas imunológicas
Podem ser divididas em causas autoimunes, aloimunes e síndrome antifosfolípide.

Causas ambientais
É descrita uma maior incidência de abortos espontâneos em pessoas com hábito de ingestão excessiva de café, álcool e tabagismo.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Bebês não precisam tomar banho logo após o nascimento

O bebê nasce e logo vai para o berçário onde toma o primeiro banho que é acompanhado pelo vidro pelo pai e familiares que fotografam e filmam empolgadamente. A cena é comum em todas as maternidades particulares do país, mas o bebê realmente precisa do banho nas primeiras horas de vida? O bebê vai curtir aquilo?

O pediatra Douglas Nóbrega Gomes diz que não. “Não há necessidade de dar banho, como a maioria das maternidades faz. A gordura que o bebê tem na pele quando nasce é a melhor proteção nas primeiras 24 horas”, explica o pediatra. Segundo ele, o sabonete também não precisa ser usado, ou seja, o banho deve ser feito apenas com água morna.

Gomes, que trabalha na Casa Curumim, em São Paulo, diz ainda que o primeiro banho pode ser no quarto junto com a mãe. O médico conta que dá preferência em dar o banho com o bebê enrolado em panos e dentro do balde. “Desta maneira, ele relaxa e até dorme no banho”, explica. Nos banhos tradicionais nos berçários, a cena geralmente é da criança chorando por estar naquele ambiente estranho e longe da mãe.

De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Pediatria, não é preciso dar banho imediatamente após o nascimento e o vérnix caseoso (a camada de gordura que recobre a pele do recém-nascido) não deve ser removido. A remoção do vérnix que não foi reabsorvido pelo organismo deve ser feita  somente 24 horas após o nascimento.

Como nem todas as maternidades seguem essas recomendações, mães têm contrato pediatras particulares para acompanhar o parto, ou seja, dispensam o que está de plantão na maternidade. A internacionalista Larissa Gama Maglio, 31, optou em contratar uma médica no nascimento do filho Pedro, ocorrido há quase três meses em uma maternidade particular de São Paulo.

Larissa conta que o banho só ocorreu no dia seguinte ao nascimento e que o filho ficou tranquilo e que quase dormiu. “A carinha de relaxado dele foi o máximo”, comenta. Outra vantagem do pediatra particular, diz a mãe, é ficar o tempo todo com o bebê.

Os pais que são atendidos pelos pediatras de plantão também podem exigir o alojamento conjunto durante todo o tempo da internação, ou seja, o bebê não precisa ficar horas separado da mãe no berçário. Muitas vezes, no entanto, é encontrada resistência por parte dos funcionários das unidades que seguem os chamados ‘protocolos’. “O alojamento conjunto é um direito. E é o melhor  para mãe e bebê. O berçário é um ambiente ‘frio’ onde o  bebê fica sozinho, em um berço transparente, exposto. O ideal é estar sempre perto da mãe”, comenta.

A mãe de Pedro comenta que foi decisivo a opção de contratar um pediatra extra quando visitou amigas nas maternidades pouco antes do filho nascer. Segundo ela, muitos bebês estavam tomando leite de fórmula que era prescrito pelo pediatra do hospital. “Sempre quis dar só o meu leite”, comenta.
CUIDADOS NO NASCIMENTO

O pediatra diz que o bebê que nasce bem deve ir para o colo da mãe imediatamente, como recomendado pelo Ministério da Saúde. Essa medida deve ser adotada independente se o bebê nasceu de parto normal ou cesárea. “Os bebês devem nascer e ir para o colo da mãe, ter o chamado contato ‘pele a pele’. Somente depois de mamar ele será medido e pesado”, orienta.

Está cientificamente comprovado que os bebês que mamam na primeira hora de vida têm maior possibilidade de estender seu período de amamentação exclusiva, chegando com mais facilidade ao ideal recomendado pela Organização Mundial da Saúde de alimentar os bebês exclusivamente ao seio até os seis meses de vida e manter a amamentação, junto com alimentos complementares, até dois anos de vida ou mais.

As aspirações das vias aéreas dos bebês também não são necessárias na maioria dos nascimentos. “O bebê só será aspirado caso seja necessário. Apenas 10% dos bebês precisam ser aspirados. Desde 2010 está técnica não é mais utilizada de praxe”, comenta. Essas medidas acontecem apenas se a criança nasceu bem e essa avaliação é feita em poucos minutos pelo pediatra.

“Depois do  nascimento, o pediatra avalia com atenção o estado do bebê, ou seja, se ele não é prematuro, se o líquido amniótico é claro, isto é, sem mecônio; se a respiração é regular, e se os braços e as pernas estão flexionados. Se isto acontecer, o nascimento ocorreu de forma ideal”, explica.

Se está tudo dentro da normalidade, o recém-nascido que vai direto para o colo da mãe, segundo o médico, se adapta com mais tranquilidade ao novo ambiente menos quente, mais barulhento e com maior força de gravidade do que o intrauterino.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Alfabetizar precocemente significa empurrar a criança para o mundo adulto antes da hora

É possível alfabetizar uma criança com menos de 7, 6 ou até 5 anos de idade? Sim, é possível alfabetizar muito cedo uma criança. Mas será uma alfabetização significativa? Que comprometimentos podem advir do que entendemos como aceleração da alfabetização? Qual é o ganho efetivo para a criança?

Ouço muitas vezes no consultório os pais preocupados com o futuro caminho profissional definido pelo vestibular de seu filho ou filha de apenas 3, 4, 5 anos. Quando pergunto aos pais o que eles entendem do brincar de sua criança, geralmente respondem que é apenas um passatempo, exceto pelos jogos de raciocínio. Eles consideram importante preparar a sua criança para a vida, para a competição do mundo, para uma profissão que lhe dê “felicidade” – palavra quase sempre atrelada a “dinheiro”.

No entanto, se olhamos a criança quando ela está brincando, fantasiando, subindo em árvores ou correndo com outras crianças, verificamos um universo muito particular no qual ela desenvolve capacidades e uma confiança que, muitas vezes, não encontramos no universo dos adultos bem sucedidos. É por esse motivo que nas escolas Waldorf nós defendemos que até pelo menos os 6 ou 7 anos a criança simplesmente… brinque. O tempo que alguns julgam que ela “perde” por não ser rapidamente alfabetizada, ela na verdade ganha, acumulando forças internas para poder enfrentar o mundo que às vezes tanto preocupa os adultos.

Há quase 100 anos da fundação da primeira escola Waldorf na Alemanha, baseada em uma concepção de mundo denominada de Antroposofia, elaborada por Rudolf Steiner, confiamos cada vez mais nos resultados dessa prática, hoje disseminada em mais de 3 mil instituições em todo o mundo (com cerca de 25 escolas no Brasil, e dezenas de jardins de infância) orientando educadores quanto a essa questão. A antropologia antroposófica reconhece a importância do desenvolvimento físico, anímico e espiritual do ser humano em formação. Os sete primeiros anos da criança, por exemplo, representam uma fase de grande dispêndio de energia para preparar toda uma condição física. Isso se evidencia em um desenvolvimento neurológico e sensorial que tem sua expressão no domínio corporal, na linguagem oral, na fantasia, na inteligência.

Contudo, é na atividade do brincar que essas capacidades são desenvolvidas com alegria e seriedade, com atenção e responsabilidade, com segurança e confiança em um mundo bom, que não exige da criança além de suas possibilidades, ou seja, uma entrada precoce no mundo adulto. E alfabetizar precocemente significa empurrar a criança para o mundo adulto (para o qual ela não está preparada, portanto) antes da hora, um gasto de energia que poderá fazer falta na vida futura dela.

Em minha experiência docente, assim como psicopedagógica, sempre constato que, para uma criança pequena, o código alfabético é estéril, sem cor, sem beleza, pois é abstrato e desconhecido. Mesmo depois de alfabetizada, é o desenho que representa tão significativamente as suas vivências. Podemos verificar tal condição quando estudamos a escrita gráfica de nossos antepassados longínquos e a forma de comunicação de nossas crianças, o desenho. A escrita do povo egípcio, os hieróglifos, é a representação objetiva da realidade, ou seja, a re(a)presentação do mundo sensório pelo desenho. Mas quando em 3.000 a.C. surgiu a escrita fonética dos fenícios, ocorreu um distanciamento dessa forma de expressão, porque as letras não tem mais relação direta com os elementos do mundo circundante.

O desenho da criança é a forma de comunicação natural, semelhante aos antigos egípcios, que revela seu universo infantil com o código que lhe é caro e próprio. Quando a sua criança lhe mostra um desenho que tenha feito, ela está lhe contando como vê o mundo, como se sente, se está alegre ou triste. Não é só a escrita que é capaz disso.

Nas escolas Waldorf a alfabetização pelo código fonético inicia-se pelo desenho, de forma lenta e gradual, a partir dos 6 1/2 ou 7 anos, mas o desenho e a pintura correm em paralelo por toda a escolaridade, como uma forma de comunicação tão importante quanto nossa linguagem escrita.

A pedagogia Waldorf pressupõe que o professor, realizador dessa pedagogia, conheça o ser humano em seu desenvolvimento geral, respeite o contexto sociocultural em que o aluno está inserido e sua individualidade, saiba organizar seu ensino privilegiando a brincadeira, o canto, a dança, para que a alfabetização (e qualquer outro conteúdo de ensino) tenha significado e seja efetiva.

O brincar da criança, seu desenho, sua imaginação e sua criatividade, fazem parte de seu aprendizado sobre o mundo e sobre si mesma. O brincar representa o princípio lúdico que embasa as atividades dinâmicas e artísticas e pode orientar toda a prática docente, mas que também dá significado ao ensino-aprendizado, pois pode expressar o motivo, assim como, o vínculo afetivo com o professor e com o conteúdo.

Termino com uma frase do filósofo Friedrich Schiller: “O homem só brinca ou joga enquanto é homem no pleno sentido da palavra, e só é homem enquanto brinca ou joga”.

Texto de Sueli Pecci Passerini, publicado no caderno Aliás do jornal O Estado de São Paulo, p. J8, 30/9/12. (Versão revista em 9/11/12). Retirado do grupo Pedagogia Waldorf para a Família, no Facebook.

Sueli Passerini é Doutora em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo), professora da FAAP e autora de O Fio de Ariadne – um caminho para a narração de histórias, 3a. ed., São Paulo: Editora Antroposófica, 2011. Integra a Aliança pela Infância e é professora dos cursos de pós-graduação em Pedagogia Waldorf no Centro Universitário Italo Brasileiro de São Paulo e Universidade Santa Cecília de Santos.

Fonte: http://www.coisademae.com/2013/05/alfabetizar-precocemente-significa-empurrar-a-crianca-para-o-mundo-adulto-antes-da-hora/

Canta sua Canção

Existe uma tribo na África, onde a data de nascimento de uma criança é contado não a partir de quando eles nasceram, nem a partir de quando elas são concebidas, mas desde o dia em que a criança era um pensamento na mente de sua mãe. E quando uma mulher decide que ela vai ter um filho, ela sai e senta-se debaixo de uma árvore, sozinha, e ela escuta até que ela possa ouvir a música da criança que quer vir. E depois que ela ouviu a música desta criança, ela volta para o homem que será o pai da criança, e ensina a ele. E então, quando eles fazem amor para conceber fisicamente a criança, eles cantam a canção da criança, o tempo todo, como uma maneira de convidá-la.

E então, quando a mãe está grávida, a mãe ensina a música que da criança para as parteiras e as mulheres mais velhas da aldeia, para que quando a criança nascer, as velhas e as pessoas ao redor dela cantarão a canção da criança para recebê-lo. E então, quando a criança cresce, os outros moradores conhecem a canção da criança. Se a criança cai, ou dói seu joelho, alguém pega e canta sua canção para ele. Ou talvez a criança faz algo maravilhoso, ou passa pelos ritos de puberdade, então, como uma forma de homenagear essa pessoa, as pessoas da aldeia cantam sua canção.

Na tribo Africana há outra ocasião na qual os aldeões cantam para a criança. Se em algum momento durante a sua vida, a pessoa comete um crime ou ato social aberrante, o indivíduo é chamado ao centro da vila e as pessoas da comunidade forma um círculo ao seu redor. Em seguida, eles cantam sua canção para ele.

A tribo reconhece que a correção para o comportamento anti-social não é a punição, que é o amor ea lembrança de identidade. Quando você reconhece a sua própria música, você não tem nenhum desejo ou necessidade de fazer qualquer coisa que possa ferir o outro.

E vai este caminho através de sua vida. No casamento, as músicas são cantadas, juntas. E, finalmente, quando a criança está deitada na cama, agora ancião, pronto para morrer, todos os moradores conhecem sua canção, e cantam pela última vez, a música para essa pessoa.

Você pode não ter crescido em uma tribo Africana que canta sua canção para você nas transições cruciais da vida, mas a vida é sempre lembrá-lo quando você está em sintonia com você e quando você não está. Quando você se sentir bem, o que você está fazendo jogos sua canção, e quando você se sente horrível, isso não acontece. No fim, todos nós reconheceremos as nossas canções e cantaremos bem. Você pode sentir um pouco ansioso no momento, mas todos os grandes cantores também tem. Basta continuar a cantar, e você vai encontrar o seu caminho de casa.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Analfabetismo motor

(...) o que se vê são crianças que, em seu tempo livre, ao invés de realizar atividades que movam o corpo, passam horas e horas na frente de uma TV, ou jogando videogame, navegando na internet, fazendo as atividades das diversas disciplinas curriculares e extra curriculares, desenvolvendo um tipo de coordenação motora bem acentuada localizada apenas nos dedos das mãos.

Vendo-se que a criança não tem espaço para brincar em casa, nas áreas de lazer do condomínio, os pais não tem tempo de levá-las para programas de lazer por conta de seus trabalhos e a criança não tem aulas de educação física na quantidade em que necessitaria em sua escola, em quais situações ela poderá desenvolver a sua psicomotricidade? E quais conseqüências este não desenvolvimento acarretará em sua vida?

Os reflexos são visíveis, pois houve nas últimas décadas um aumento gradativo no números de crianças que necessitam de terapia psicomotora, pois apresentam dificuldades de aprendizagem.

As queixas principais de pais e educadores são as dificuldades de atenção, de concentração e problemas de relacionamento, como agressividade, agitação, inibição, dependência, e ainda, perda de interesse com relação ao trabalho escolar por parte das crianças.

Nossas crianças, hoje, carregam consigo o peso por estarem imersas em uma sociedade de consumo, na qual a tecnologia se faz presente e sobrepõe-se às suas necessidades evolutivas e emocionais. Com isso as oportunidades de aprendizagem psicomotora são reduzidas (...)

Leia mais em: http://www.webartigos.com/mobile/artigos/analfabetismo-motor/43774/#ixzz394SSYzie

Os 5 estágios da dor do parto

http://caroldarcie.tumblr.com/post/91973458369/os-5-estagios-da-dor-do-parto

Diferença entre parto hospital X domiciliar

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Ter filho vicia. Porque?

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AS 50 COISAS QUE NINGUÉM CONTOU SOBRE MATERNIDADE

Que antes do amor tomar conta, muitas vezes, o que toma conta primeiro é o choque;
• Que sair da maternidade e encarar o mundo com um bebê nos braços é assustador;
• Que quando chegamos em casa, simplesmente não sabemos o que fazer com o bebê;
• Que o leite pode demorar para descer;
• Que amamentar pode doer (muito);
• Que trocar fralda e dar banho podem não ser tarefas tão difíceis como imaginamos (ou se tornam fichinha perto do resto);
• Que nunca nos sentiremos tão inseguras na vida;
• Que vamos chorar, muito, nos primeiros dias;
• Que ter quatro horas de sono diárias é um luxo;
• Que comer uma refeição quente é outro luxo;
• Que apesar de mortas, vamos nos negar a dormir;
• Que, simplesmente, não conseguimos nos separar daquela coisa minúscula e apaixonante (é visceral);
• Que dificilmente vamos conseguir cumprir o que foi planejamos;
• Que vamos perder o controle;
• Que a nossa casa vai virar um caos;
• Que vamos nos pegar fazendo coisas que jamais imaginamos (e juramos, de pés juntos, não fazer);
• Que vamos pagar a língua;
• Que também vamos pedir colo;
• Que vamos orar, pedir, implorar e fazer promessa;
• Que vamos esquecer de comer e de ir ao banheiro;
• Que vamos passar o dia de pijama;
• Que vamos passar dias sem sequer lembrar que cosméticos e maquiagem existem;
• Que vamos ficar meses sem fazer a unha;
• Que vamos ficar quase carecas;
• Que nossa memória vai para o beleléu;
• Que choro pode ser a coisa mais desestabilizante do mundo (será que alguém já pensou em empregá-lo como técnica de tortura? Fica a dica!);
• Que vamos deixar o pediatra louco de tanto ligar;
• Que vamos colocar o peito para fora na frente de quem quer que seja (e nem perceber);
• Que vamos esquecer o peito de fora em muitas situações;
• Que cólicas de bebê podem aparecer não só uma, mas duas vezes ao dia;
• Que dar comida para um bebê pode ser uma das tarefas mais desafiadoras do universo;
• Que vamos querer ficar sozinhas;
• Que vamos querer, desesperadamente, ajuda;
• Que vamos começar a ter ainda mais medo do futuro;
• Que vamos ter vontade tacar fogo em todos livros sobre maternidade que lemos;
• Que vamos ter que enfrentar muitos, mas muitos, muitos, muitos pitacos;
• Que vamos ter vontade de fugir do país (algumas vezes sem o filho);
• Que há gente sem noção. Muuuuuuuito sem noção;
• Que vamos ter que nos controlar para não matar alguém;
• Que vamos nos tornar ciumentas e extremamente possessivas (mas que também passa);
• Que vamos levar mais tempo do que imaginávamos para voltar à nossa antiga forma e peso (ou que isso poderá acontecer muito antes do que pensamos);
• Que os dias não passam, mas que as semanas e meses voam;
• Que sempre que acharmos que algo está resolvido, muda tudo de novo;
• Que não há felicidade que sempre dure, nem há mal que nunca acabe;
• Que entenderemos nossas mães como nunca na vida;
• Que aprendemos, como nunca na vida, a sermos fortes e corajosas;
• Que descobrimos ter uma força sobre humana;
• Que as coisas passam a ter o seu real sentido e significado;
• Que nunca mais seremos as mesmas;
• E que tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, vale a pena. Cada instante. Por mais difícil que seja.

Por Shirley Hilgert, autora do blog Macetes de Mãe

www.macetesdemae.com

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Cada um escolhe como PARIR!

Cada Mulher tem o direito de escolher PARIR como quiser e como as suas condições físicas, psicológicas e financeiras permitirem. Então não venha falar mal de Parto Normal pra mim porque mesmo nunca passando por um, sei exatamente o que quero e não preciso ficar ouvindo histórias da carochinha de partos que aconteceram e tiveram suas complicações, seus monstros e suas dores, por que cada um é cada um, cada lugar é cada lugar e cada momento é cada momento.

Sei exatamente o que eu quero pra mim e pra minha Filha e a sua opinião (me desculpe) não vai mudar em nada os planos que Deus tem para nós.

Eu quero estar em um lugar onde me recebam com a maior alegria do mundo, pq Parto não é doença, é a alegria de trazer uma nova vida ao mundo. Quero me sentir bem, em um lugar que eu me sinta em casa, (eu qria mesmo parir em casa), quero ser respeitada no momento mais lindo da minha vida, quero que me deem de comer e de beber dentre uma contração ou outra, quero que conversem comigo e não me abandonem de canto, quero ser paparicada, quero que me tirem todas as minhas dúvidas, quero palavras de conforto quando eu achar que não consigo mais, quero estar ao lado de pessoas que eu amo, quero meu marido segurando minha mão e ansioso pra conhecer a filha que também é sua, quero ficar na posição que eu me sentir mais confortável, quero estar sentada ou de pé, parada ou caminhando, na banheira ou no chuveiro, quero estar livre. Quero ter minha filha com respeito, e ver que todos alí naquele momento esperam por isso ansiosos. Quero ser dona do meu próprio parto, quero parir a minha filha e não que a tirem de mim. Quero que ela venha direto pro meu colo, que eu possa conhecer cada detalhe dela e que ela conheça a mãe que esperou por ela não só durante 9 meses, mas por vários anos. Quero meu #PartoHumanizado!!!
E ao contrário do que muitos pensam, hospital nenhum me traz segurança, o que me traz segurança é ser guiada e sustentada pelas mãos do meu Deus. Porque o que eu menos quero é ir para um hospital, esperar ser atendida, pra me levaram pra uma sala onde vão me obrigar ou até me amarrarem em uma maca, me ligarem em mil aparelhos, me colocarem no soro ao lado de uma mesa com fórceps, anestésicos, agulhas e encaminhamento pra sala cirúrgica, e caso eles sintam que é apropriado, deixarem meu marido entrar apenas na hora em que eles acham que a minha filha vai nascer. Não quero me sentir um animal indo pro matadouro, não qro me sentir em um açougue. E ver que ninguém ali está se importando com você, pq eles devem ter feito esse procedimento várias vezes ao dia e está só esperando você "andar logo" para que as outras mães possam usar a maca que vc está ocupando. Não quero ver minha filha como uma peça de carne sendo levada pro berçário sem ao menos eu abraça-la, tocá-la, senti-la, conhecê-la. Não quero esse parto normal que normal pra mim não tem em nada.

Quanto a dor.. todo #Amor compensará..!

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; 1 Coríntios 13:4-8

Fonte: http://relatosdamamae.blogspot.com.br/2014/02/cada-um-escolhe-como-parir.html?m=1

Desculpas para você cair em uma cesárea

Bom, se tem uma coisa que eu aprendi e aprendo todos os dias na minha gravidez, é obter informação.. assim eu e você ficamos a par de tudo que acontece e pode acontecer e na hora H não encaramos a situação como um bicho de sete cabeças.. então se você não quer ser enganada e fica bobinha da silva diante de possíveis situações, estude, se informe!

Não caia em qualquer ladainha, em qualquer desculpa que um médico possa te dar para te obrigar a fazer uma Cesárea se você quer tanto um Parto Normal. Se o seu médico diz que vc nunca poderá ter um parto normal, desconfie. E para se sentir mais segura, procure uma segunda, terceira e até mais opiniões.

Por exemplo:

- cordão enrolado no pescoço do bebê não vai asfixia-lo. O bebê respira pelo cordão, pelo umbigo: a mãe respira e o oxigênio vai para o bebê. Todo bebê se enrola e desenrola no cordão e é comum que eles nasçam com o cordão em torno do pescoço, por vezes muitas voltas, aliás. A pessoa que está junto, médico ou parteira, vai e tira como se fosse um cachecolzinho. Se estiver apertado demais, é só fazer uma manobra para desenrolar.

- não tem nada demais em passar de 40 semanas de gestação. As 40 semanas são uma média. Cada bebê tem o seu tempo e é comum que as marinheiras de primeira viagem passem inclusive de 41 semanas. E mais: não há como saber quando o bebê foi concebido e por isso é muito arriscado tirar o bebê antes de ele nascer sozinho. Ele pode (e isso é muito comum) ter menos tempo de forno do que todo mundo pensava.

- se o seu bebê está sentado com 38 semanas de gestação, existem vários modos de tentar fazer o bebê virar. E mesmo que nada dê certo e ele permaneça sentado, é possível ainda que ele vire durante o trabalho de parto, motivo pelo qual pode-se esperar a máxima dilatação e só então – se a mulher e o médico não quiserem arcar com os riscos de tentar parir o bebê sentado mesmo – fazer a cirurgia.

- bebês com mais de 3,5kg não vão te arregaçar (não, não vão te arregaçar. Aliás, parto normal não arregaça ninguém; tudo volta ao normal dentro de alguns meses), não vão quebrar sua bacia, não vão quebrar os ombrinhos nem as costelas. Apenas nascerão grandes. Sim, é possível que ele seja grande demais para passar pela bacia da mãe. Mas isso é algo que só dá para saber durante o trabalho de parto, nunca antes, nunca por um simples ultra-som.

- quando a bolsa rompe e o trabalho de parto não começa, você pode induzir o parto com ocitocina ou monitorar diariamente com cardiotocografia e ultrassonografia e tomar muita água para repor o líquido que vai escapando. Um lindo relato disso é o da Joana Imparato, que ficou 7 dias com a bolsa rota:
http://joanaimparato.blogspot.com.br/p/relato-de-parto_21.html

- falta de dilatação não existe. Só existe falta de paciência. Cada mulher evolui no seu tempo; tem mulheres que dilatam tudo em 2 horas, tem outras que levam dias. Assim como há mulheres que não sentem dor nenhuma no trabalho de parto e há mulheres que não o suportam sem anestesia. Cada corpo é um corpo.

- se o seu exame de Streptococus deu positivo, é só tomar um antibiótico durante o trabalho de parto.

- se os batimentos do coraçãozinho do seu bebê caem durantes as contrações, não tem nada errado. É quando os batimentos caem nos intervalos, fora das contrações, e continuam até que a próxima chegue, que isso indica o tal sofrimento fetal. Este fato se chama Desaceleração Intra-Parto.

Esses são alguns dos argumentos utilizados para coagir mulheres a aceitarem cirurgias desnecessárias. Desde pequenas, somos levadas a crer que parir é perigosíssimo, que nossos corpos não estão preparados para isso. Sim, há casos em que precisamos de ajuda (no máximo 15% dos casos, aliás). Mas a regra é a vida (claro, ou não estaríamos aqui). É possível parir até mesmo sozinha. Isso não é ideal, nem desejável, mas é possível. É algo fisiológico, natural do nosso corpo.

O parto é seu!

As outras pessoas estão lá só para ajudar, para apoiar, SE NECESSÁRIO. Não permita que te roubem essa maravilhosa experiência!

Grupo Materna PH
Texto retirado do Blog Parto Humanizado